A bíblia contém 66 livros que formam as escrituras sagradas do cristianismo, mas ela poderia ter alguns a mais. Ao longo da história, dezenas de livros foram excluídos da bíblia, eles são conhecidos como apócrifos.
Alguns foram excluídos por razões óbvias, outros provavelmente não foram bem aceitos popularmente ou podem ter sido considerados muito sinistros. No entanto, ainda não existem informações exatas sobre os critérios para a escolha de uns e descartes de outros.
1. Apocalipse de Pedro
O Apocalipse mais conhecido é o Livro do Apocalipse de São João, o livro das revelações, mas não era o único conhecido pelos primeiros cristãos. Um dos mais populares e amplamente divulgado foi o Apocalipse de Pedro, escrito em forma de diálogo entre Jesus e seus seguidores. O livro descrevia basicamente coisas horríveis que acontecem no inferno e as maravilhas do céu. O Apocalipse de Pedro também dava detalhes sobre as punições para quem fosse condenado a morar no inferno, como ser pendurado pela língua ou pelos cabelos e pés em óleo fervendo.
2. A Epístola de Barnabé
A Epístola de Barnabé é um livro escrito entre os anos 70 e 130 d.C. O conteúdo dele foi escrito depois da destruição do templo de Jerusalém e antes da rebelião judaica em 132. Não se sabe ao certo que ele realmente foi escrito por Barnabé, companheiro do apóstolo Paulo, ou por outro Barnabé. Ele provavelmente gerou muita polêmica porque rejeitava os ensinamentos que vieram do judaísmo.
3. Evangelho da Infância de Tiago
Os estudiosos da história da bíblia afirmam que os livros de Mateus, Marcos, Lucas e João foram escritos no início do surgimento do cristianismo, ou seja, antes dos outros 23 livros. No início, além dos citados, houve também a criação de outros evangelhos, que ficaram conhecidos como “os evangelhos da infância”, porque tratavam justamente da infância de Jesus e isso nunca foi dito em lugar nenhum até então. Um dos mais famosos foi ou é o “Evangelho da Infância de Tiago”.
O livro falava da importância de Maria e descrevia o nascimento e adolescência da mãe de Jesus em sua intimidade. Ele também dava detalhes sobre o genocídio de crianças por Herodes em Belém, o exílio inicial de Jesus no Egito e o crescimento do seu primo João Batista. O Evangelho da Infância de Tiago apresenta uma diferença: Jesus nasce em uma caverna.
4. Pastor de Hermas
Este provavelmente é um dos livros mais obscuros e sinistros para os leitores modernos, embora tenha sido um livro com grande influência nos dois primeiros séculos do cristianismo. O Pastor de Hermas é um livro diferente, escrito quase todo em primeira pessoa e descreve as visões de um ex-escravo chamado Hermas. Ele também inclui 12 mandamentos e 10 parábolas, que falam sobre a ética cristã e a importância de ser fiel.
5. 1ª de Clemente
1ª de Clemente é uma das duas cartas atribuída ao Papa Clemente de Roma. Era bem aceito na época e influenciou várias listas finais de importantes textos cristãos. Foi um dos primeiros livros escritos, mas também não foi incluído no Novo Testamento mesmo sendo datado de 95 d.C. O livro fala dos conflitos da disputa na Igreja de Corinto.
6. Evangelho de Tomé
O Evangelho de Tomé foi um dos livros mais famosos que também não foi incluído no Novo Testamento.Ele foi redescoberto como parte da Biblioteca de Nag Hammadi em 1945. Não existem evidências de que ele tenha sido amplamente lido pelos primeiros cristãos. O Evangelho de Tomé é uma coleção de ditos atribuídos a Jesus e não uma narrativa da vida dele. Ao contrário dos evangelhos narrativos, este livro não menciona a morte e ressurreição de Jesus, mas se concentra nos ensinamentos e como eles levam a vida eterna.
7. A Didaqué
A Didaqué é, basicamente, um “passo-a-passo” para se ter uma vida cristã. A primeira seção fala sobre como os cristãos devem aplicar os mandamentos de Deus, já a segunda trata do Batismo, Eucaristia e jejum, e a terceira é sobre a estrutura da Igreja.
8. Epístola Perdida aos Coríntios
1ª e 2ª carta aos Coríntios, são com certeza, os pilares principais das epístolas de Paulo no Novo Testamento. Estas cartas são a base da Ética Cristã e da importância de Paulo, mas havia outras cartas entre Paulo e a Igreja em Corinto. A primeira aparentemente foi escrita antes de 1 Coríntios e é referenciada por Paulo em 1 Coríntios 5:9 “Eu escrevi para você em minha carta (anterior) para não se associar com pessoas sexualmente imorais.
Não se tem evidências desta carta ter sido escrita a partir desta referência . Seria fascinante ver a outra correspondência onde Paulo exorta aos moradores cristãos de Corintho, mas esta é aquela informação provavelmente perdida para sempre. Isso nos leva a …
9. Terceira Carta aos Coríntios
Esta conseguiu sobreviver e foi incluída em algumas listas iniciais de documentos sagrados, mas por volta do século 4 deixou de ser considerada válida. Ao contrário das 1ª e 2ª Epístolas, que a maioria dos estudiosos afirma não terem sido escritas por Paulo. A 3ª carta corrige a interpretação dos dois primeiros livros e, provavelmente foi escrita na intenção de advertir os considerados hereges.
10. O documento Q
Não existem evidências de que este documento realmente exista.Ele possivelmente seria um evangelho que fala da semelhança entre os três os evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas. Sua existência foi considerada pela primeira vez em 1.900 pelos estudiosos que tentaram compreender a semelhança entre os três livros.
A hipótese Q afirma que haveria um quarto evangelho, originando todos, e complementando partes que faltaram de São Marcos, de material semelhante ao utilizado nos três evangelhos. Este livro teria sido amplamente difundido em toda a Igreja cristã nos primórdios do cristianismo.
Fonte: Internet, acervo fatos desconhecidos.
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